Hey, vamos conversar?
Feliz ano novo!!!! Muita saúde, paz, amor e felicidade para todos vocês!!!
Como prometido, aqui está. Hoje é meu aniversário, mas queria dar isso a vocês. O primeiro capítulo traz algumas diferenças. Aliás, quando ler, não se esqueça de deixar um comentário na postagem. Sua opinião é muito importante para mim. Espero que goste <3
Aliás, o livro já está devidamente registrado. A cópia ou compartilhamento sem a minha autorização configura-se em violação da lei de direitos autorais, Lei 9610, de 19 de Fevereiro de 1998.
PS: Perdoem-me por possíveis erros gramaticais. Ainda não passou por revisão.
Aí vaí:
Capítulo 1 –Três anos e seis meses depois
Havia
tanto sangue em minha volta, que meu corpo era lavado por ele.
Londres padecia em ruínas e um forte cheiro de putrefação estava
impregnado no ar, como denúncia de péssimas escolhas de governantes
inconsequentes. Eu corria, com todo a força que minhas pernas
permitiam. Eu estava correndo contra o tempo e lutava contra alguém
que eu não sabia.
-
Alice! – A voz de Arthur estava próxima, mas, como sempre, eu
nunca conseguia evitar.
E
foi num terrível câmera lenta que eu o vi cair ensanguentado e com
seus lindos olhos azuis, repletos de dois grandes vazios.
Levantei
bruscamente em minha confortável cama sentindo meu coração bombear
o sangue com força por meu corpo. O suor escorria por minha cabeça,
grudando os fios do meu cabelo em minha pele quente. Respirei fundo e
passei as mãos em minha cabeça, bagunçando os fios, sentindo o
estresse tomar conta do meu corpo. Joguei as cobertas ao lado e
coloquei meus pés no chão, sentindo a madeira fria sob meus pés, e
caminhei até o meu banheiro pouco iluminado.
A
luz ofuscou meus olhos de imediato e eu precisei piscar algumas vezes
para me adaptar.
Meu
banheiro não era tão grande, mas era confortável e era decorado em
branco e preto. Havia uma banheira, sem exageros, que estava
encostada com descaso junto à parede.
Abri
a torneira da pia, sentindo a deliciosa água gelada esfriar minhas
mãos. Joguei uma água em meu rosto e soltei um suspiro cansado.
Quase
todas as noites eram assim, o que tornava minhas noites muito longas.
Já fazia três anos e alguns meses da minha suposta morte e essa
merda de assunto ainda me atormentava
Era
em noites como essa que eu lembrava de ainda guardar algum sentimento
dentro do meu peito. Os anos foram responsáveis de me esfriar.
Hoje,
dentro do meu peito, não havia nada mais do que um vazio.
Meu
pai estava desaparecido fazia três anos, e eu não tinha notícias
de como estavam as pessoas que eu julguei amar. Agora que havia
passado tanto tempo, eu me questionava se havia valido realmente a
pena tomar tal decisão.
Eu
lembro do meu último aniversário, no ano passado. Foi a última vez
que eu contatei Norton. Nos últimos anos, meu contato com
Norton reduziu drasticamente, onde eu me comunicava com ele apenas
uma vez ao ano, no meu aniversário, onde eu repassava as informações
e nós conversávamos, mas, rapidamente.
No
início da missão, falávamos uma vez por mês, onde eu contatava-o
e informava-o sobre como andava a missão. Antes, ele fazia o contato
direto da NSI, isso ocorreu no primeiro ano. Depois, ele passou a
fazer as transmissões direto de sua casa, o que me confundiu
bastante, mas ele não me explicou.
Nesse
meio tempo, consegui me formar em Direito, mas com um outro nome.
Passando despercebida, consegui me infiltrar e espionar cada passo
dado pelo principal suspeito, o reitor da Towlyvi.
-
Feliz aniversário! – Norton fez careta quando dei um sorriso
triste. – Nossa, você não parece feliz.
-
Estou cansada. – Eu suspirei e ele sorriu sem graça. – Sinto
saudades de noites tranquilas de sono...
-
Pesadelos?
-
Eles são frequentes, mas aprendi a lidar com eles com o tempo. –
Eu confessei e cocei minha nuca, para tentar aliviar a tensão.
-
Eu sei que é uma missão difícil, mas precisamos saber o que está
acontecendo. Você precisa continuar...
-
Nunca gostei da palavra 'desistir', Norton.
Ele
riu, mas eu não consegui segui-lo. Eu estava exausta.
-
Estão todos bem? – Minha voz saiu um pouco alarmada, apesar da
minha feição impassível.
-
Você quis dizer “Arthur está bem?”. – Norton provocou,
olhando rapidamente para algo além da câmera.
-
Serve também.
-
Ele está bem. Estava em missão até alguns dias atrás,
investigando um caso de corrupção no Brasil. – Norton falou com
um suspiro, como se recuperasse o fôlego. – Talvez você devesse
seguir em frente, talvez seja melhor para você.
Um
barulho de algo caindo veio do fundo do vídeo e eu franzi o cenho.
-
Isso soa estúpido até vindo de você. – Eu arqueei a sobrancelha
e Norton sorriu sem graça. – Norton, eu não estou nos EUA para
uma viagem repleta de aventuras e relacionamentos incríveis como num
filme de Hollywood. Eu estou aqui como uma espiã. A última coisa
que eu quero é que minha identidade seja posta à prova. Só me
relaciono com quem seja de interesse para a missão. Jamais
arriscaria a vida de todos que amo por puro capricho.
-
Você tem razão. Foi uma ideia idiota. – Norton piscou o olho
esquerdo, me fazendo rir, finalmente.
-
Uau! Já estava duvidando que você fosse capaz de sorrir. – Norton
brincou e eu sorri triste.
-
Eu também, Norton.
Sua
feição ficou preocupada e eu só percebi o motivo depois que eu
senti meu rosto molhado.
-
O que aconteceu, Alice? Não chore.
-
Não é nada, Norton. Idiotice minha. Obrigada pela chamada. – Eu
sequei minhas lágrimas e forcei um sorriso para Norton.
-
Não desligue! Você precisa...
-
Finalizando chamada...
E
essa foi a última vez que eu o contatei. Lembro de chorar horrores
quando desliguei a chamada e de me abraçar junto ao travesseiro. Foi
patético deixar-me ser tomada por tamanha melancolia, porém, não
consegui evitar.
Olhei
meu reflexo cansado no espelho enquanto aos poucos eu me acalmava. Os
cabelos, agora negros, caiam até metade das minhas costas, fazendo
um contraste bonito com a minha pele branca.
Meu
corpo havia mudado com o passar dos anos e eu havia perdido as
características infantis. Havia emagrecido, seja devido a péssima
alimentação ou a intensidade dos exercícios no meu dia a dia. Meu
corpo ainda tinha as curvas levemente acentuadas, e eu havia crescido
mais alguns centímetros. Os últimos anos foram responsáveis em
moldar meu corpo ampulheta e me deixar mulher. As curvas levemente
acentuadas do meu corpo caíam com perfeição nas roupas que eu
utilizava e parecia ter se encaixado com graça aos meus cabelos
negros.
Todos
os dias eu gostava de correr em volta do campus da Universidade de
Towlivy, a qual eu estava infiltrada.
O
reitor da universidade estava como suspeito principal no
desaparecimento de alunos de várias áreas da universidade. Os
sumiços começaram lentamente, foi onde eu comecei a investigar, mas
começaram a ficar mais indiscretos e a sociedade já está começando
a desconfiar. A NSI fez um acordo com o governo americano, já que
Adam, o homem responsável por todos os meus traumas infantis, está
por trás disso e ele é um procurado do governo britânico.
Aliás,
com o passar dos anos, descobri que Adam era peixe pequeno. Que tudo
era muito maior do que eu sequer imaginava.
Achar
Adam era como achar Pablo Escobar no final do seu reinado do
narcotráfico. Difícil, estressante e extremamente decepcionante. O
homem parecia desaparecer e reaparecer em outros lugares com grandes
facilidades. Seu contato com governos do mundo todo e a corrupção
desenfreada que ocorria neles, facilitava para que Adam entrasse e
saísse do país sem ser notado. Ele tinha todas as armas para isso.
Os
EUA é um país bem grande para se achar um procurado mundial.
Principalmente com a quantidade de contatos que Adam possui. Era por
isso que eu estava em investigação há tanto tempo. Eu precisava me
infiltrar e investigar cada minúscula informação.
Quando
havia dados em outros estados, eu era mandada para lá, para
investigar. Muitas vezes, eram informações falsas que eu não fazia
ideia de como a NSI havia deixado passar. Eu passava alguns meses
nesses locais, com um nome diferente e uma identidade diferente,
tentando me encaixar nas características daquele povo. Fui das
cidades menores (as mais difíceis de se infiltrar, já que todos
conhecem a todos), até as enormes cidades. Porém, eu sempre voltava
para Nova Iorque, onde era o foco da minha missão.
Tive
muitos nomes quando viajei de estado em estado. Alex, Dominique,
Chris, Jackie... Eram muitos nomes, com muitos sobrenomes. Olhos
verdes, castanhos, negros, azuis, mas nunca mel. Cabelos loiros,
ruivos, castanhos na maioria das vezes, e negros. Roupas discretas,
sempre mais largas do que eu, perucas de homem, roupas de homem. Com
a roupa e a maquiagem certa, eu conseguiria me passar por um homem, e
correr quando perseguida até o motel mais fácil para me esconder.
Pagamento? Sempre em dinheiro, mais difícil de rastrear. Nomes?
Sempre unissex. Eu sempre procurava por nomes assim pois tornava-se
mais difícil de procurar caso eu tivesse que fazer qualquer tipo de
registro. Sotaques? Todos do mundo. Latino, americano, asiático, o
que fosse adequado ao disfarce.
Eu
era uma mentira personificada.
Porém,
em Nova Iorque eu usava nome Charlotte Holmes, apelidada de Charlie.
Foi
difícil me disfarçar no começo, já que o meu sotaque britânico
se destacava no meio do sotaque nova-iorquino, mas em uma semana de
treinamento e total autocontrole, eu perdi meu sotaque, minha
identidade.
Meu
nome por enquanto era Charlotte Holmes, claro que isso virou motivo
de piada entre mim e Norton, já que usamos o meu fanatismo por
Sherlock.
“Charlotte”
nasceu em uma cidadezinha no interior de Boston e decidiu mudar-se
para tentar uma vida longe da que tinha. Seus pais são divorciados e
se conheceram em um passeio na Escócia. Sua mãe permaneceu em
Boston enquanto “ela” se mudou para Nova Iorque com o pai, porém
poucos dias antes de entrar na faculdade, seu pai foi chamado para
servir o exército novamente e ela ficou sozinha na cidade que não
para. Charlotte, que transferiu seu curso para cá quando tinha
apenas 18 anos, formou-se em Direito apenas há alguns meses atrás,
já que nos EUA, o curso de Direito dura três anos. Apesar de já
ter se formado, ingressou em uma pesquisa de mestrado (onde eu estou
infiltrada para descobrir os desaparecimentos) e tem 21 anos
atualmente.
Não
precisamos de muita coisa para incrementar o meu papel. Precisei usar
lentes azuis para esconder a minha heterocromia e pintar o cabelo de
preto, coisa que eu precisava fazer a cada seis meses, já que a cor
de mel do meu cabelo parecia ressurgir sempre.
Norton
me colocou em um simples apartamento que ficava nos arredores do
campus, para facilitar a minha investigação. A missão já era para
ter sido finalizada, mas as constantes suspeitas de Adam em algumas
partes do país me fizeram locomover-me grandes distâncias para
investigar, e passar meses e meses nesses locais.
Eu
precisava descobrir o que estava acontecendo, essa era minha função.
Achar Adam era um bônus. Tudo o que eu precisava era que o reitor me
colocasse para lidar com a parte jurídica do negócio de má fé que
ele e Adam estavam esquematizando. Assim eu teria todas as
informações ao meu alcance.
Bem,
o reitor não conhecia Adam pelo seu nome verdadeiro, mas por James
Lightwood. Essa foi a informação que consegui ao roubar dos
computadores da faculdade. Infelizmente, não consegui achar provas
com o nome de Adam, mas mensagens entre o reitor e o falso James.
Se
eu tivesse acesso aos documentos, saberia os nomes de todos os
envolvidos, além de que teria todas as provas necessárias para
incriminá-los.
Só
mata-los, por mais que fosse o meu desejo, não estava sob meu poder.
Eu estava como convidada nesse país, e não poderia cometer o menor
deslize.
O
mais difícil dessa missão era: Adam jamais poderia saber que eu
estava viva, ou todos que eu amo estariam em risco. Por isso que essa
missão levou tempo e andou devagar.
Deixei
o meu banheiro para trás e acendi a luz do abajur em meu quarto,
iluminando um pouco daquele breu.
Meu
quarto era pequeno e decorado de forma simples, sem muitas
decorações. A cor marrom e bege era predominante e combinava com
uma estante abarrotada de livros. Meu compartimento secreto estava
escondido em meu armário, já que havia abdicado do meu closet para
poder me infiltrar. A minha cama era extremamente confortável e
grande o bastante para caber duas pessoas, apesar de ser uma cama de
solteiro. Havia uma escrivaninha branca com falsas fotos minhas.
O
dia amanhecia frio, fazendo os raios de luzes refletirem na neve que
se acumulava no chão. Era Janeiro e o frio daqui era cortante,
apesar de que meu país natal não ficava atrás nesse quesito.
Eu
sentia saudades da Inglaterra e da minha amada Londres. Apesar de
Nova Iorque ser fantástica, ela não era Londres.
Abri
a gaveta da escrivaninha com cuidado e retirei de lá uma foto mais
do que amassada. Peguei o pequeno papel sentindo um desconforto em
meu peito.
Havia
conseguido convencer Norton a furtar essa foto do meu antigo armário
do colégio e ele foi a muito contragosto. Essa foto foi tirada no
dia do baile da academia onde eu estudava, com o meu antigo namorado,
Arthur Hanrinson.
Arthur
foi o meu instrutor na época em que eu treinava no acampamento da
NSI. Ele também se disfarçou para me proteger em uma missão que
foi arruinada no final.
Quando
olhava sua foto agora, não sentia nada mais que um vazio no peito.
Eu
jamais conseguiria esquecer aquilo que vivemos, isso era um fato. Não
tê-lo ao meu lado foi uma das piores coisas em minha escolha. No
começo, doeu bastante, mas hoje, não sinto nada.
Vez
ou outra eu gostava de recordar os nossos momentos, como se isso
aliviasse a sua falta, mas tudo piorava. Norton sempre recusava a me
dar qualquer informação de Arthur, fornecendo apenas em poucas
vezes, o que foi exceção, pois assim ele achava que facilitaria as
coisas para mim, talvez ele esteja certo.
Norton
é um dos melhores cientistas da NSI, e é também meu melhor amigo.
Ele me ajudou e muito nessa adaptação de “pós-suposta-morte”.
Jon deu a ideia e eu concordei no final, precisávamos acabar com
tudo isso de uma vez por todas.
Jon
era o meu chefe, presidente da NSI, e o meu pai “desaparecido”
que ressurgiu. Minha irmã Vanessa morreu assassinada ainda jovem e
só me restou Jon e Josh, o meu irmão mais velho.
Eu
não havia tido notícias dele, mas eu sabia que ele estava bem, era
isso que me reconfortava.
Fora
ele, havia ainda minha mais fiel amiga, que eu não fazia ideia de
onde estava, mas sabia que estava bem. Beatrice, com sua loucura,
deveria já estar constituindo sua própria família...
Sentei-me
em minha cama e olhei fixamente para a foto amassado em minha mão.
Eu estava completamente sozinha em meio a todo aquele concreto, que
sufocava quando eu estava triste.
Às
vezes, a madrugada era uma merda. Ela poderia ser alegre para muitas
pessoas, casais que passavam ela em claro fazendo amor, ou outras
simplesmente curtindo em alguma festa, ou a virando com alguma
conversa interessante. Havia muitas formas de tornar uma madrugada
alegre.
Para
mim, a madrugada havia se tornado deprimente. Meus pensamentos
pareciam mais barulhentos essa hora, de uma forma tão louca que me
irritava e eu nunca conseguia calá-los. A escuridão da noite era a
única companhia naquele monte de gente nas prisões de concreto que
cortavam o espaço, deixando tudo mais comprimido, mais
claustrofóbico, mais alucinante.
Eu
sentia falta de um local livre para respirar sem essa quantidade
excessiva de componentes químicos invadindo os meus pulmões.
Nova
Iorque era bela com suas culturas, mas, eu havia me tornado amarga e
isso não me encantava mais. No fundo, havia se tornado mais uma
cidade a qual eu não poderia ficar e chamar de casa.
Desisti
da melancolia e me levantei até o meu armário, onde me livrei das
minhas roupas e coloquei um vestido azul com uma grossa meia calça
preta. Coloquei uma bota de cano alto de igual cor e um sobretudo por
cima, para me proteger um pouco do frio lá fora.
Caminhei
até o banheiro e escovei meus dentes antes de colocar as lentes de
contato azuis.
Eu
realmente não parecia Alice agora. Há tempos eu não era Alice.
Eu
não me lembro de como era ser Alice.
Voltei
para o meu quarto e peguei minha bolsa preta em minha poltrona
branca. Dentro da minha bolsa, havia documentos falsos, dinheiro e
minha inseparável Glock G25 escondida em um fundo falso, junto com o
meu distintivo.
Apaguei
as luzes do meu quarto e andei pelo meu pequeno apartamento. Não por
escolha, mas por obrigação, pois uma jovem adulta como Charlotte
não teria dinheiro para pagar uma cobertura.
Apesar
de ser pequeno, era um apartamento aconchegante. Foi decorado com a
ajuda de Norton, já que ele escondeu dispositivos em todos os
lugares e mandou construir uma parede falsa que escondia uma sala de
treinamento, para que eu pudesse ficar em forma. O apartamento
originalmente continha três quartos. Dois desses quartos foram
destruídos para que a sala de treinamento equipada fosse construída.
Então meu apartamento havia ficado “pequeno”, com o meu quarto,
uma simples cozinha, uma sala e dois banheiros. Minha cozinha era
decorada toda em madeira, e minha sala não passava de um sofá com
televisão e tapete.
Peguei
as chaves do meu carro, agora um Volvo S40 preto. Esse carro se
misturava com facilidade para o caso eu fosse perseguida. Norton
mandou modificar o carro inteiro nos padrões da NSI, rápido, mas
discreto. Sentia muita falta da minha Range Rover Evoque, mas ela
chamaria muita atenção aqui. Eu gostava de carro alto, mas Jon
exigiu que eu ficasse com esse carro.
Fechei
a porta do apartamento e esperei o elevador pacientemente enquanto eu
observava o sol nascer por entre os prédios. A cidade logo começava
a se agitar, com pessoas transitando por todos os lugares, fechadas
em suas mentes e preocupadas apenas em chegar ao trabalho.
Entrei
no elevador sozinha e agradeci por ele está funcionando normalmente,
já que, normalmente, nunca funcionava. Passei por alguns poucos
carros que havia no estacionamento no subsolo do prédio e destravei
o meu carro. Joguei minha bolsa no banco do passageiro e manobrei
para fora dali.
Dirigir
do lado esquerdo foi estranho, mas agora eu já havia me adaptado ao
padrão americano.
Acredito
que seria estranho voltar a dirigir do lado direito.
Se
é que eu voltaria a dirigir assim novamente.
A
universidade em que eu “estudava” ficava muito perto e dava para
ir andando. Mas eu queria dar uma volta de carro por Nova Iorque.
Mesmo que eu passasse horas no trânsito, eu me sentia bem dirigindo.
Pensando
na vida, ocorreu-me a ideia de que Norton poderia estar em outra
missão, por isso não estava me contatando. A última vez que eu
havia falado com Jon, as coisas não haviam terminado bem...
Minha
relação com ele pareceu piorar desde o episódio da missão de
Arthur, em que Jon me usou para chegar até Adam.
Talvez
estivéssemos melhor assim. Ele fingindo que havia se livrado de mim
e eu fingindo que ele era apenas o meu chefe.
O
que me preocupava nisso tudo não era estar às cegas nessa missão e
sim como Josh estaria já que o nosso pai pareceu sumir do mapa
novamente. Eu queria proteger meu irmão dessas dores.
Josh
estava só, como deveria estar à mente dele? Havia acontecido muita
coisa em tão pouco tempo e eu me sentia culpada por tudo isso.
Ele
não estava preparado para mudanças como essa.
Talvez
nem eu estivesse.
Tudo
havia mudado, não apenas por fora, mas por dentro também, e isso me
assustava.
Eu
já não era Alice há muito tempo.
_______________________________________________________________________________
Bem, é isso. Não se esqueça de deixar o seu comentário falando o que achou. Sua opinião é muito importante para mim. Me siga no twitter @thyalyj, tenho entrado com maior frequência lá do que no instagram. Podemos conversar por lá também!
Um Feliz 2018 para todos vocês e em breve, trarei maiores informações.
Um cheiro,
Thyaly Diniz
4 Comments
Gente, não estou conseguindo ajeitar na versão mobile. Por isso que as palavras estão tão juntas. Desculpas desde já
ResponderExcluirEstá perfeito! Estou ansiosa para ler toda a história! ;)
ResponderExcluirEsse e o segundo livro
ResponderExcluirQuero já o restante do livro
ResponderExcluir